Buscamos incessantemente a felicidade, apaixonámo-nos, desiludimo-nos, odiámos, irritámo-nos, uma vez e outra e outra. Vivemos numa montanha russa de emoções, que tantas vezes nos roubam a paz interior.
Porquê? Aprendemos técnicas, fazemos visualizações, colocámos a lei da atracção em ‘prática’ mas parece que nada funciona. Porquê? Há várias razões:
•A auto-sabotagem. Interiormente não acreditamos nos nossos sonhos, no que somos capazes, no nosso potencial divino.
•O ego que quer ter razão a custo da própria felicidade.
•Colocarmos a nossa felicidade em bens materiais, etc.
Poderia mencionar muitas mais razões, mas o objectivo é simplificar e não ficar perdida nos enredos mentais. A razão principal da nossa infelicidade são as memórias que bloqueiam os nossos relacionamentos e impedem que os milagres aconteçam na nossa vida. Quando deixamos de lado a tagarelice mental, restabelecemos o elo com o Divino. Como é que o podemos fazer? Através do Ho’oponopono, que significa ‘tornar certo’ ou ‘corrigir um erro’ na língua original dos havaianos.
O Ho’oponopono Identidade Própria é um processo de comunicação com a Divindade desenvolvido pela Dr.ª Kahuna Simeona, que o ensinou ao Dr. Ihaleakala Hew Len.
Limpar e purificar a origem dos problemas
Ao fazer H’oponopono pedimos à Divindade para limpar, purificar a origem dos problemas que, são as memórias, e assim neutralizar a energia associada a determinada pessoa, lugar ou coisa. Desta forma, dentro de nós, o espaço limpo é preenchido pela luz e inspiração da Divindade. No Ho’oponopono não é importante saber o porquê do problema, quem é o culpado ou reviver o sofrimento. No momento em que sentimos desconforto em relação a alguma pessoa, lugar, acontecimento, podemos iniciar o processo de limpeza dizendo: «Divindade limpa em mim as memórias que me fazem vivenciar este problema. Sinto muito. Perdoa-me. Eu amo-te. Eu sou grata.» Nestas últimas podemos apenas destacar a que nos toca mais no momento. Sinto muito: às vezes fazemos ou dizemos o que não queremos e o nosso subconsciente e ADN absorvem esta informação que bloqueia a energia divina. Ao dizer sinto muito, reconhecemos que algo penetrou no nosso sistema corpormente e queremos o perdão interior pelo que aquilo nos trouxe.
Perdoa-me: nós julgamo-nos a nós mesmos. Que a Divindade me ajude a perdoar-me e libertar o amor incondicional dentro de mim. Deus não nos julga, mas nós carregamos mágoas e ressentimentos que precisam ser perdoados dentro de nós. Eu amo-te: transmuta a energia bloqueada (que é a causa do problema), e liberta o amor incondicional por mim, pela energia divina em mim e pela essência divina contida o que me antecede e está além de mim. Sou grata: por me permitir perdoar a mim própria. Grata é energia divina em mim e por a solução já estar cá. Expressão de gratidão e fé de que tudo será resolvido para o bem maior de todos os envolvidos. Para fazer este processo, basta uma pessoa: eu. O que vejo de errado nos outros também está em mim, porque nós somos todos Um, portanto quando um se cura, curam-se todos. Quando eu melhoro, o mundo melhora. A questão fundamental é: estou pronta para assumir responsabilidade? Quero assumir responsabilidade ou quero continuar a ser vítima das ‘situações exteriores?’ Bem, se quero ser feliz, nunca o serei como vítima, mas quando tomo responsabilidade todas as perspectivas mudam. Podemos pensar nestas frases ao longo de todo o dia em todas as circunstâncias que se nos apresentam e ter uma atitude mais vibrante de compreensão para tudo o que se manifesta. Embora, não seja agradável, é quando as memórias se manifestam que temos oportunidade de as limpar, caso contrário mantêm-se a minar a nossa vida e impedir a nossa paz interior e felicidade. Por isso podemos dizer «Eu amo-vos memórias! Sou grata pela oportunidade de vos libertar» e ver o que acontece no nosso interior. De certeza que a Divindade sorri em nós nesse momento.
Limpe as suas memórias
Em situações mais difíceis, também podemos fazer a Oração ensinada pela Dr.ª Simeona: «Divino Criador, pai, mãe, filho em um… Se eu, a minha família, os meus familiares, os meus antepassados, ofendemos a sua família, parentes e antepassados em pensamentos, palavras e acções do início da nossa criação até ao presente, pedimos o seu perdão…. deixe isto limpar, purificar, libertar, cortar todas as memórias, bloqueios, energias e vibrações negativas e transmute estas energias indesejáveis em pura luz… assim está feito.» Todos nós compartilhámos as mesmas memórias e ao serem neutralizadas em nós também o são nas outras pessoas. Portanto, a necessidade de convencer, justificar, converter e curar o próximo são jogos mentais da Mente Consciente que quer controlar resultados. Ser 100% responsável é uma jornada difícil, porque estamos sempre à procura de um culpado e não percebemos que a origem do problema está sempre dentro de nós. O Ho’oponopono é simples, confia, entrega ao cuidado da Divindade. E assim encontramos a tão desejada paz no nosso interior e o Divino é perfeito no seu trabalho. Depois das memórias limpas, podemos encontrar quem a Divindade criou — um ser puro de coração. Eu sou muito grata!
Fonte: revista ZEN Maio 2010
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