quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

CÓDIGO DE ÉTICA DO YÔGIN

INTRODUÇÃO
Yôga é qualquer metodologia estritamente prática que conduza ao samádhi.


I. AHIMSÁ
• A primeira norma ética milenar do Yôga é o ahimsá, a não-agressão. Deve ser entendido lato sensu.
• O ser humano não deve agredir gratuitamente outro ser humano, nem os animais, nem a natureza em geral.
• Não deve agredir fisicamente, nem por palavras, atitudes ou pensamentos.
• Permitir que se perpetre uma agressão, podendo impedi-la e não o fazendo, é acumpliciar-se no mesmo ato.
• Derramar o sangue dos animais ou infringir-lhes sofrimento para alimentar-se de suas carnes mortas constitui barbárie indigna de uma pessoa sensível.
• Ouvir uma acusação ou difamação e não advogar em defesa do acusado indefeso por ausência constitui confissão de conivência.
• Mais grave é a agressão por palavras, atitudes ou pensamentos cometida contra um outro praticante de Yôga.
• Inescusável é dirigir tal conduta contra um professor de Yôga.
• Sumamente condenável seria, se um procedimento hostil fosse perpetrado por um professor contra um de seus pares.

Preceito moderador:
A observância de ahimsá não deve induzir à passividade. O yôgin não pode ser passivo. Deve defender energicamente os seus direitos e aquilo em que acredita.

II. SATYA
• A segunda norma ética do Yôga é satya, a verdade.
• O yôgin não deve fazer uso da inverdade, seja ela na forma de mentira, seja na forma de equívoco ou distorção na interpretação de um fato, seja na de omissão perante uma dessas duas circunstâncias.
• Conseqüentemente, ouvir boatos e deixar que sejam divulgados é tão grave quanto passá-los adiante.
• O boato mais grave é aquele que foi gerado com boa-fé, por falta de atenção à fidelidade do fato comentado, já que uma inverdade dita sem más intenções tem mais credibilidade.
• Emitir comentários sem o respaldo da verdade, sobre fatos ou pessoas, expressa inobservância à norma ética.
• Praticar ou transmitir uma versão inautêntica de Yôga constitui exercício da inverdade.
• Exercer o ofício de instrutor de Yôga sem ter formação específica, sem habilitação mediante avaliação de autoridade competente ou sem a autorização do seu Mestre, constitui ato ilegítimo.

Preceito moderador:
A observância de satya não deve induzir à falta de tato ou de caridade, sob o pretexto de ter que dizer sempre a verdade. Há muitas formas de expressar a verdade.


III. ASTÊYA
• A terceira norma ética do Yôga é astêya, não roubar.
• O yôgin não deve se apropriar de objetos, idéias, créditos ou méritos que sejam devidos a outrem.
• É patente que, ao fazer uso em aulas, em entrevistas a órgãos de comunicação e em textos escritos ou gravados de frases, definições, conceitos, métodos ou símbolos de outro professor, seu autor seja sempre honrado através de citação e/ou direito autoral, conforme o caso.
• Desonesto é prometer efeitos que o Yôga não pode proporcionar, bem como acenar com benefícios exagerados, irreais ou mirabolantes e, mormente, curas de qualquer natureza: física, psíquica ou espiritual.
• Um professor de Yôga não deve roubar alunos de outro professor.
• Em decorrência disso, será antiético um professor instalar-se para dar aulas nas proximidades de outro profissional da mesma linha de trabalho, sem consultá-lo previamente.
• Considera-se desonesto o professor cobrar preços vís, pois, além de desvalorizar a profissão, estará roubando o sustento aos demais professores que dedicam-se exclusivamente ao Yôga e precisam viver com dignidade e sustentar suas famílias como qualquer outro ser humano.
• Tal procedimento estaria, ademais, roubando da Humanidade o patrimônio cultural do Yôga, já que só poderia ministrá-lo a preços ignóbeis quem tivesse uma outra forma de sustento e, portanto, não se dedicasse a tempo integral ao estudo e auto-aprimoramento nessa filosofia de vida, o que culminaria numa gradual perda de qualidade até sua extinção total.

Preceito moderador:
A observância de astêya não deve induzir à recusa da prosperidade quando ela representar melhor qualidade de vida, saúde e cultura para o indivíduo e sua família. Contudo, a opulência é um roubo tácito.


IV. BRAHMÁCHARYA
• A quarta norma ética do Yôga é brahmácharya, a não-dissipação da sexualidade.
• Esta norma recomenda total abstinência de sexo aos adeptos do Yôga Clássico e de todas as correntes não-tântricas.
• O yama brahmácharya não obriga o celibato nem a abstinência do sexo para os yôgins que seguirem a linha tântrica.
• A sexualidade se dissipa pela prática excessiva de sexo com orgasmo.
• O yôgin ou yôginí que tiver conquistado progressos em sua qualidade de energia mediante as práticas e a observância destas normas, deverá preservar sua evolução, evitando relações sexuais com pessoas que não se dediquem ao mesmo ideal de saúde e purificação.

Preceito moderador:
A observância de brahmácharya não deve induzir ao moralismo, puritanismo, nem ao distanciamento ou à falta de afeto entre as pessoas, nem como pretexto para furtar-se ao contato íntimo com seu parceiro ou parceira conjugal.


V. APARIGRAHA
• A quinta norma ética do Yôga é aparigraha, a não-possessividade.
• O yôgin não deve ser apegado aos seus bens e, ainda menos, aos dos demais.
• Muitos dos que se "desapegam" estão apegados ao desejo de desapegar-se.
• O verdadeiro desapego é aquele que renuncia à posse dos entes queridos, tais como familiares, amigos e, principalmente, cônjuges.
• Os ciúmes e a inveja são manifestações censuráveis do desejo de posse de pessoas e de objetos ou realizações pertinentes a outros.

Preceito moderador:
A observância de aparigraha não deve induzir à displicência para com as propriedades confiadas à nossa guarda, nem à falta de zelo para com as pessoas que queremos bem.


VI. SAUCHAN
• A sexta norma ética do Yôga é sauchan, a limpeza.
• O yôgin deve ser purificado tanto externa quanto internamente.
• O banho diário, a higiene da boca e dos dentes, e outras formas comuns de limpeza não são suficientes. Corporalmente, é necessário proceder à purificação dos órgãos internos e das mucosas, mediante as técnicas do Yôga.
• De pouca valia é lavar o corpo por fora e por dentro se a pessoa ingere alimentos com elevadas taxas de toxinas e impurezas tais como as carnes de animais mortos que entram em processo de decomposição logo depois da morte.
• Da mesma forma, cumpre que o yôgin não faça uso de substâncias intoxicantes, que gerem dependência explícita ou que alterem o estado da consciência, ainda que tais substâncias sejam naturais.
• Aquele que só trata da higiene física não está cumprindo sauchan. Esta recomendação só está satisfatoriamente interpretada quando se exerce a prática da limpeza interior. Ser limpo psíquica e mentalmente constitui requisito imprescindível.
• Ser limpo interiormente compreende não alimentar seu psiquismo com imagens, idéias, emoções ou pensamentos intoxicantes, tais como tristeza, impaciência, irritabilidade, ódio, ciúmes, inveja, cobiça, derrotismo e outros sentimentos inferiores.
• Finalmente, esta norma atinge sua plenitude quando a limpeza do yôgin reflete-se no meio ambiente, cujas manifestações mais próximas são sua casa e seu local de trabalho.

Preceito moderador:
A observância de sauchan não deve induzir à intolerância contra aqueles que não compreendem a higiene de forma tão abrangente.


VII. SANTÔSHA
• A sétima norma ética do Yôga é santôsha, o contentamento.
• O yôgin deve cultivar a arte de extrair contentamento de todas as situações.
• O contentamento e sua antítese, o descontentamento, são independentes das circunstâncias geradoras. Surgem, crescem e cingem o indivíduo apenas devido à existência do gérmen desses sentimentos no âmago da personalidade.
• O instrutor de Yôga deve manifestar constante contentamento em relação aos seus colegas e expressar isso através da solidariedade e apoio recíproco.
• Discípulo é aquele que cultiva a arte de estar contente com o Mestre que escolheu.

Preceito moderador:
A observância de santôsha não deve induzir à acomodação daqueles que usam o pretexto do contentamento para não se aperfeiçoar.


VIII. TAPAS
• A oitava norma ética do Yôga é tapas, auto-superação.
• O yôgin deve observar constante esforço sobre si mesmo em todos os momentos.
• Esse esforço de auto-superação consiste numa atenção constante no sentido de fazer-se melhor a cada dia e aplica-se a todas as circunstâncias.
• O cultivo da humildade e o da polidez constituem demonstração de tapas.
• Manter a disciplina da prática diária de Yôga é uma manifestação desta norma. Preservar-se de uma alimentação incompatível com o Yôga faz parte do tapas. Conter o impulso de expressar comen-tários maldosos sobre terceiros também é compreendido como correta interpretação desta observância.
• A seriedade de não mesclar com o Yôga sistemas, artes ou filosofias que o conhecimento do seu Mestre desaconselhar, é tapas.
• A austeridade de manter fidelidade e lealdade ao seu Mestre constitui a mais nobre expressão de tapas.
• Tapas é, ainda, a disciplina que respalda o cumprimento das demais normas éticas.

Preceito moderador:
A observância de tapas não deve induzir ao fanatismo nem à repressão e, muito menos, a qualquer tipo de mortificação.



IX. SWÁDHYÁYA
• A nona norma ética do Yôga é swádhyáya, o auto-estudo.
• O yôgin deve buscar o autoconhecimento mediante a observação de si mesmo.
• Esse auto-estudo também pode ser obtido através da concentração e meditação. Será auxiliado pela leitura de obras indicadas e, na mesma proporção, obstado por livros não recomendados pelo orientador competente.
• O convívio com o Mestre é o maior estímulo ao swádhyáya.
• O auto-estudo deve ser praticado ainda mediante a sociabilidade, o alargamento do círculo de amizades e o aprofundamento do companheirismo.

Preceito moderador:
A observância de swádhyáya não deve induzir à alienação do mundo exterior nem à adoção de atitudes que possam levar a comportamentos estranhos ou que denotem desajustes da personalidade.

X. ÍSHWARA PRANIDHÁNA
• A décima norma ética do Yôga é íshwara pranidhána, a auto-entrega.
• O yôgin deve estar sempre interiormente seguro e confiante em que a vida segue o seu curso, obedecendo a leis naturais e que todo esforço para a auto-superação deve ser conquistado sem ansiedade.
• Durante o empenho da vontade e da dedicação a uma empreitada, a tensão da expectativa deve ser neutralizada pela prática do íshwara pranidhána.
• Quando a consciência está tranqüila por ter tentado tudo e ainda assim não se haver conseguido o resultado ideal; quando a pessoa está literalmente impossibilitada de obter melhores conseqüências, esse é o momento de entregar o fruto das suas ações a uma vontade maior que a sua, cujos desígnios muitas vezes são incompreensíveis.

Preceito moderador:
A observância de íshwara pranidhána não deve induzir ao fatalismo nem à displicência.


CONCLUSÃO
O amor e a tolerância são pérolas que enriquecem os mandamentos da nossa ética.
Que este Código não seja causador de desunião.
Não seja ele usado para fins de patrulhamento ideológico, discrimi-nação, manipulação nem perseguição.
Nenhuma penalidade seja imposta por nenhum grupo aos eventuais descumpridores destas normas. A eles lhes bastará a desventura de não usufruir do privilégio de vivenciá-las.


Fonte:
Elaborado pelo Mestre DeRose
inspirado no Yôga Sútra de Pátañjali.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Prana

Prana é uma palavra de origem indiana que quer dizer Energia Absoluta ou Universal, e seu utilizadores afirmam que este elemento é indispensável a todas as formas de vida.

Segundo as escrituras hindus, a Criação (Universo) é composta por matéria, energia e mente. O Prana corresponderia ao conjunto de todas as energias existentes, manifestadas ou não.

O conceito de Prana possui diferentes nomes em diferentes culturas, podendo ser encontrado similaridades com a Energia Vital, Energia da Vida, Bioenergia, Chi (para os chineses), Ki (para os japoneses), etc.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Swásthya Yôga - Mantras

Hê Kalyaní

Hê Kalyání, hê Bhavání,
Hê Mahêshwarí namô namah
Shaktí Durgání namô namah
Shaktí Bhaváni namô namah
-------------------------------

Ôm Shiva Ôm Shaktí
Ôm Shiva, Ôm Shaktí
Namah Shiva, Namah Shaktí
-------------------------------

ÔM Guru, ÔM Guru
Jaya Guru Dê (2x)

Jaya Guru, Sada Guru
Jaya Guru Dê (2x)
-------------------------------

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

NABOS E COUVES

O início de Primavera é a altura de escolher as melhores plantas para efeito de recolha de semente, eliminar as mais fracas para não degenerar a colheita total, há que ter em mente que para manter uma boa diversidade genética são precisas no mínimo seis plantas o ideal será mais de vinte, no entanto estes números são apenas referências o que não inibe o hortelão com menos plantas de efectuar uma recolha com sucesso.

Não esquecer também que tanto os nabos como as couves hibridam facilmente, os primeiros entre si e as couves entre todas elas, motivo pelo qual se devem manter isoladas as diferentes variedades.

Isto pode ser feito pela distância, por redes próprias ou por simplesmente optar por fazer só uma variedade por ano eliminando todas as outras antes da floração.

A maturação das vagens requer especial atenção, não esquecer pois, que mal estejam secas começam a abrir e a semear o seu precioso conteúdo. É nesta altura que também são muito procuradas pelas pequenas aves que as devoram freneticamente. Os espigos devem ser recolhidos diariamente pela brandura da manhã para evitar perdas desnecessárias, e secar numa eira até estalarem. As restantes devem ser melhoradas com cuidado pois a forma esférica da semente é muito propícia a partir-se ou estalar, consequentemente inutilizando-as. Se o tempo estiver húmido, após a colheita, os espigos devem ser atados e pendurados até o tempo permitir a sua secagem final. Como para todas as sementes, um local seco, fresco e escuro, é o mais apropriado ao seu armazenamento.




O recipiente mais adequado é um frasco bem seco, com tampa hermética, uma vez que a humidade é o pior para as sementes. Nos nabos há a salientar o grande número de variedades que os nossos campos continham. Para dar um exemplo, o catálogo de sementes de “José Afonso Duarte (JAD Sementes)” dos princípios dos anos cinquenta, cita onze variedades de nabo de cabeça, entre os quais se encontra o de São Cosme, o das Virtudes (comprido e redondo), o da Meda, o Turnepo, o Saloio branco, o Martelo, o Roxo, o Globo, etc. Isto sem contar com as inúmeras variedades relacionadas por hortelões amadores que as mantinham já há várias gerações. Por aqui se nota que houve uma erosão acelerada nos últimos trinta anos da nossa diversidade vegetal.

Nas couves o panorama é o mesmo; a couve bróculo apresenta-se hoje em dia com cabeças verdes mas sabiam que os bróculos originais eram brancos e alguns roxos, nenhum deles era verde, onde é que eles param? Será que ainda existem? O bróculo roxo ainda se encontra, embora com alguma dificuldade, mas o branco creio que só em catálogos antigos. Nas couves-flor também actualmente existem muito poucas variedades disponíveis nas casas de sementes. Provavelmente por causa da introdução de variedades híbridas, e isto acentua-se ainda mais nas lombardas e repolhos. A excepção será a formidável couve-galega e as tronchudas, ou pencudas, que ainda se encontram nas variedades originais.




Fonte: GORGULHO - Boletim Informativo sobre Biodiversidade Agrícola
COLHER PARA SEMEAR – Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais
ano 2 . nº1 . Abril de 2005

MANJERICÃO (Ocimum basilicum)

Existem muitas variedades de manjericão, também conhecido por basílico, com folhas de diversos tamanhos, verdes ou encarnados, e aromas muito distintos, tais como, anis, canela, limão, lima ou cravo-daíndia.

O manjericão genovês, também chamado manjericão mediterrânico ou manjericão grande, é a variedade mais utilizada na cozinha europeia, em especial a italiana. Todas as variedades são plantas anuais, muito aromáticas, que se usam em culinária como tempero de saladas e outros pratos, que quase sempre contêm tomate entre os seus ingredientes.

Cultivo: o manjericão prefere solos arenosos e bem drenados onde deve ser plantado, em pleno sol, à distância de 40 cm entre plantas. Não suporta geadas e temperaturas muito baixas e por essa razão
deve ser levado para dentro de casa, quando plantado em vaso, no princípio do Outono. Desta maneira conseguem-se folhas frescas durante mais alguns meses.

No tempo quente e seco o manjericão precisa de regras abundantes, uma cobertura, com palha ou caruma de pinheiro, ajuda a manter a terra fresca em volta das plantas. Quando plantado perto dos tomateiros desenvolve-se bem e melhora o seu sabor.

Floração: no final do Verão as plantas começam a dar flores brancas, que devem ser cortadas para manter o vigor da planta até ao Outono. Nessa altura deixam-se secar uma ou duas flores por pé, para depois recolher as sementes para os viveiros da Primavera seguinte.

Propagação: As sementes recolhidas no Outono devem ser semeadas em viveiro, em terra leve, em Março/Abril e transplantadas para local definitivo (vaso ou canteiro) em Maio/Junho.

Conservação: As folhas frescas podem ser conservadas no frigorífico durante alguns dias, cobertas de azeite para não oxidarem, ou congeladas (igualmente em azeite) para comer durante o Inverno.
Em casa, colocar um vaso de manjericão perto das janelas ajuda a afastar as moscas e os mosquitos.
Na horta e no jardim, com uma tesoura de poda pequena, ideal para colher as folhas frescas do manjericão e cortar as flores que vão crescendo e se querem eliminar.

Insalata Caprese – Salada de Capri
Tomate e manjericão são uma mistura perfeita que pode ter muitas variantes. Esta salada é um dos melhores exemplos desta combinação.
Ingredientes: tomate maduro, queijo mozarella e folhas de manjericão cortadas, sempre com os dedos e nunca com uma faca.
Tempero: vinagre balsâmico (vinagre italiano), flor de sal e azeite de excelente qualidade.

Pesto di Basillico alla Genovese
Há quem diga que a única maneira de comer o verdadeiro pesto genovese é indo à Ligúria, porque é nessa região da Itália que cresce o manjericão doce e aromático que torna famosas a Riviera italiana. É bem possível que assim seja, mas não é fácil imaginar nada melhor do que um pesto, feito com folhas de manjericão – de produção própria - acabadas de colher. Melhor só mesmo se for comido com massa feita em casa...
Receita: ingredientes para massa feita com 3 ovos ou 500 g de massa de compra 1:
-60 g de folhas de manjericão genovês
fresco;
-4 dentes de alho sem pele 2;
-2 colheres de sopa de pinhões;
-120ml de azeite extra virgem;
-1 colher de chá de sal.

1º- Desfazer com a varinha mágica as folhas do manjericão acabadas de colher (de preferência), os alhos, os pinhões, o azeite e o sal, até se tornar uma massa homogénea e fina.
2º- Colocar esta mistura numa tigela grande e juntar-lhe o queijo parmesão.
3º- Misturar com a massa que entretanto deve cozer al dente.
O pesto deve ser preparado com rapidez e servido de seguida. O manjericão, em contacto com o oxigénio, sofre uma oxidação e torna-se castanho rapidamente.
Por essa razão deve também ser servido numa terrina com tampa. Pode ser guardado no frigorífico 48h, cobrindo a superfície com azeite para que não oxide, ou ainda ser congelado. Em ambos os casos, não se deve juntar o queijo senão na altura de servir.

Notas: - (1) as massas mais indicadas para comer com pesto são fettuccine, fusilli ou esparguete. - (2) os alhos devem obter-se directamente do produtor, nas feiras, ou em locais de vendas de produtos biológicos. Os que se vendem nos supermercados são produzidos de forma industrial, muitas das vezes congelados, e por isso pouco aromáticos.

Fonte: GORGULHO - Boletim Informativo sobre Biodiversidade Agrícola
COLHER PARA SEMEAR – Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais
ano 2 . nº1 . Abril de 2005

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O TOMATE - Parte I - (Lycopersicon lycopersicum)




Inglês: Tomato

A par com o feijão, o tomate deve ser actualmente a hortícola mais cultivada, e com maior diversidade. Existem hoje milhares de variedades.

Mas a sua aceitação como fruto comestível foi relativamente recente. Quando Colombo trouxe as primeiras plantas da América, berço da espécie, ele depressa se espalhou pela Europa, mas apenas como planta de jardim, pois era considerado venenoso. A casa de sementes Vilmorin, no seu catálogo de 1760 designa o tomateiro como planta ornamental não comestível, e só um século mais tarde aparece na secção dos legumes.

A origem do tomate parece ser a América do Sul, onde crescia espontaneamente nos campos de milho. No entanto, sabe-se agora ter sido mais vasta a região da sua cultura original, que se estendia para norte, até ao presente México.


Polinização

A polinização do tomate tem sido objecto de controvérsia durante largos anos, entre guardiões de sementes. Uns afirmam a impossibilidade deste se cruzar, e que nunca assistiram a qualquer polinização entre variedades, do mesmo modo que outros clamam que isto acontece com frequência.

Estudos recentes concluem a hibridação entre as variedades de folha larga, semelhante à da batateira, e entre as conhecidas por “Coração de Boi”.

A razão deste fenómeno é explicada pela retracção do estilo para dentro do canudo da antera, impossibilitando a polinização. Esta evolução deve-se à emigração do tomate para norte, e, por consequência, as variedades modernas tornaram-se autopolinizadas (autogâmicas). Enquanto que, por outro lado, as variedades ancestrais mantiveram a faculdade de se polinizarem entre si, devido, precisamente a apresentarem o estilo fora do tubo da antera, o que facilita a fecundação cruzada.

Quem tiver alguma dúvida sobre a autopolinização da variedade que possui, pode munir-se de uma lupa e observar as flores dos seus tomateiros; se o estigma emergir do tubo da antera pode haver cruzamento com outras variedades cultivadas nas proximidades, se forem idênticas quanto à forma de polinização. Durante a floração pode-se abanar de vez em quando as plantas, para favorecer a auto-fecundação.

Como já dissemos, existem inúmeras variedades adaptadas, e ainda continuamos a encontrá-las nas pesquisas efectuadas pelo país. Comercialmente as variedades existentes são, na sua maioria, híbridas. As de polinização aberta são poucas e só se encontram em redes de sementes como a Colher Para Semear.

Entre agricultores o tomate é assunto falado com paixão; cada um recomenda a sua variedade, o que demonstra a sua diversidade e adaptabilidade. O tomate é hoje cultivado desde a África do Sul até à Sibéria.

A coloração do fruto também é muito diversa, do branco ao vermelho escuro, quase negro, ou ainda amarelo, laranja, verde ou rosa. Das mais vulgares e conhecidas por nós contam-se as variedades Coração de Boi, Xuxa, Cereja, De Inverno, Maçã, e Refego, que podem também apresentar diferenças, consoante a proveniência.


Cultura

Porque o tomate precisa de calor durante todo o seu crescimento, a sementeira em viveiro não deve ser feita antes do mês de Março, e de preferência em “cama quente” ou abrigo, devido às baixas temperaturas que por vezes se fazem ainda sentir nessa época do ano. Sempre que possível, devem semearse diferentes variedades de tomate, para adaptar às suas múltiplas utilizações culinárias.

Ao ar livre, é a partir do princípio de Maio que se plantam os tomateiros, em local definitivo. Deve-se enterrar o caule até ás primeiras folhas., para favorecer o enraizamento. Quando atingem cerca de 15 cm de altura estão então prontos a ocupar o seu lugar na horta, que deverá sempre ser ao sol. Para facultar o arejamento das plantas, e assim evitar o aparecimento de míldio, e outras doenças, devem plantar a cerca de 80 cm de distância entre pés. Não esquecer que, em condições favoráveis de desenvolvimento, os tomateiros são plantas robustas e que, certas variedades de trepar, chamadas de crescimento indeterminado, podem atingir mais de 1 m de altura. As outras, de crescimento determinado, são arbustivas mas igualmente vigorosas.

Para que não cresçam desordenadamente, espalhando os seus frutos pelo chão, e ainda para evitar o aparecimento de fungos, é fundamentar colocar-lhes tutores, que podem ser canas – daí o termo encanar – ou quaisquer outras estacas. A estes tutores atam-se depois as plantas com ráfia, tiras de trapos ou qualquer outro material, de preferência biodegradável.
Muitas vezes menosprezadas, as regas são fundamentais para o sucesso desta cultura. Dependendo da natureza dos solos, devem ser mais ou menos frequentes mas, como os tomateiros têm raízes profundas, devem ser sempre regados em abundância.
No entanto com bom senso, pois água em excesso pode originar o aparecimento de rachas nos frutos e torná-los aguados e sem sabor. E uma vez mais, para não favorecer o aparecimento de fungos, tão frequentes nesta cultura, nunca de deve regar os tomateiros por aspersão, mas sim junto ao pé.
Para manter a humidade do solo, evitando gastos desnecessários de água, é fundamental empalhar os tomateiros após a sua plantação.
E por fim, parece ser sabido que “as cenouras amam os tomates”, pois alguém deu este título a um livro sobre consociações de plantas hortícolas. Na horta, e para sua protecção e bom desenvolvimento, os tomateiros devem ainda ser colocados perto de cebolas, cebolinho e salsa. Também as chagas e os cravos de Tunes os protegem, para além de tornarem ainda mais bonitas as hortas de Verão.
Os frutos devem ser colhidos maduros, durante os meses de Julho, Agosto e Setembro. Quando caem as primeiras chuvas, e começa o frio, deve-se apanhar todo o tomate que ainda está nas plantas e guardá-lo, para ir consumindo conforme amadurece.

Fonte: GORGULHO - Boletim Informativo sobre Biodiversidade Agrícola
COLHER PARA SEMEAR – Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais
ano 4 . nº6 . Verão de 2007

O TOMATE - Parte II - (Lycopersicon lycopersicum)

Colheita de sementes
As sementes de tomate devem ser recolhidas de frutos bem maduros aos quais se espreme o conteúdo, depois de cortados ao meio, para dentro de uma tigela. No caso de haver mais do que uma variedade, convém rotular as diferentes tigelas, que se colocam num local quente, à sombra.
Ao fim de 2 a 3 dias formar-se-á uma película de bolor à superfície de onde resulta uma fermentação que destruirá a película gelatinosa que envolve as sementes, o que será benéfico para a sua futura germinação.
Este processo origina um cheiro nauseabundo, razão pela qual não se deve realizar dentro de casa.
Depois de 3 a 4 dias no máximo, deve retirar-se o manto de bolor, adicionar água e passar por um crivo, esfregando levemente as sementes até estarem limpas.

Por fim espalhá-las, numa só camada, num prato de loiça ou outra superfície, que não deve ser nunca de madeira nem de papel para não aderirem. Depois de umas horas, convém esfregar as sementes para se soltarem umas das outras.
Uma grama contém entre 300 a 400 sementes. A sua viabilidade é muito variável, e pode ir de 4 a 10 anos, conforme as variedades.
Usos culinários O tomate, com a sua dupla identidade de fruto/legume, consegue reunir uma enorme diversidade de usos na cozinha.
Pode ser transformado em compotas e sumos, sendo, no primeiro caso, importante juntar-lhe o aroma da canela. Como sumo pode ser bebido simples ou temperado.
É um ingrediente importante na confecção de sopas e guisados, e no Alentejo, faz parte da receita de algumas açordas. Mas também pode não ser de todo transformado e comido cru, simplesmente em saladas.
Neste caso, para além dos vulgares temperos, fica especialmente bem quando aromatizado com manjericão fresco, orégãos ou cebolinho.
De notar que, ao contrário do que acontece muitas vezes entre nós, em especial nas saladas, o tomate não deve ser utilizado quando ainda está verde. Esta sua coloração deve-se à presença de um alcalóide, a solalina, que é tóxico e não deve, por isso, ser ingerido.

Fonte: GORGULHO - Boletim Informativo sobre Biodiversidade Agrícola
COLHER PARA SEMEAR – Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais
ano 4 . nº6 . Verão de 2007

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Osho - Estou aqui para seduzi-lo a um amor pela vida

"Estou aqui para seduzi-lo a um amor pela vida; para ajudá-lo a tornar-se um pouco mais poético; para ajudá-lo a morrer para o mundano e para o ordinário, de modo que o extraordinário exploda em sua vida."

Osho

Osho - Eu não sou um messias e não sou um missionário

"Eu não sou um messias e não sou um missionário. E não estou aqui para estabelecer uma igreja ou para dar uma doutrina para o mundo, uma nova religião, não. Meu esforço é totalmente diferente: uma nova consciência, não uma nova religião, uma nova consciência, não uma nova doutrina. Chega de doutrinas e chega de religiões! O homem necessita de uma nova consciência. E a única maneira de trazer uma nova consciência é continuar martelando por todos os lados para que lenta, lentamente nacos de sua mente se desprendam. A estátua de um Buda está oculta em você. Nesse momento você é uma rocha. Se eu continuar martelando, cortando fora pedaços de você, lenta, lentamente o buda surgirá"

Osho

Dalai Lama - Osho é um mestre iluminado

“ Osho é um mestre iluminado que está trabalhando com todas as possibilidades para ajudar a humanidade superar uma fase difícil no desenvolvimento da consciência”.

 Dalai Lama

Dalai Lama - É muito melhor perceber um defeito em si mesmo

É muito melhor perceber um defeito em si mesmo do que dezenas nos outros, pois o seu defeito você pode mudar

Dalai Lama

Dalai Lama - Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro

.... Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.

Dalai Lama

Ecologia e Yoga

     TODAS AS FORMAS DE VIDA SAO LIGADAS entre si e dependem umas das outras. É esse o tema da ecologia. Em palavras simples, a ecologia é o estudo dos relacionamentos vitais entre os vegetais e animais (ou seres humanos) e o ambiente em que vivem. Muitas vezes, a palavra é usada para designar o próprio nexo que liga o ser vivo ao ambiente, embora a ecologia seja, a rigor, o estudo desse nexo.

     Nosso planeta já foi comparado a uma espaçonave gigantesca cujos recursos são limitados. É verdade que os recursos da Terra não são inexauríveis, mas há um outro fato muito importante: nosso planeta natal é muito mais complexo do que poderia ser qualquer implemento tecnológico. Ele é, como lembrou à nossa geração o biólogo James Gordon Lovelock, um organismo vivo, que ele chamou de "Gaia". Sendo um organismo vivo, a Terra é um sistema de forças cuidadosamente equilibradas.

    No decorrer das décadas passadas, esse equilíbrio foi gravemente perturbado por padrões de vida antiecológicos, característicos sobretudo dos chamados países "civilizados", que geraram a chamada "crise ecológica". Muitos fatores contribuem para essa crise, e entre eles podemos destacar a superpopulação, a má distribuição da população (ou seja, o gigantismo das áreas metropolitanas), o consumo excessivo, o desperdício, o mau uso da tecnologia e, sendo este um dos principais problemas, uni pensamento egoísta e imediatista.

      O que tudo isso tem a ver com o Yoga? Tudo. O Yoga é intrinsecamente ecológico. Todo Yoga é aquilo que já se chamou de "Eco-Yoga". Nas palavras do Bhagavad-Gitâ (11.48), Yoga é equilíbrio (samatva). Essa palavra não precisa ser compreendida somente no âmbito psicológico. Quando temos o equilíbrio interior, temos também o equilíbrio em relação ao ambiente. Isso se confirma pelo código moral do Yoga, abrangente e rigoroso, que abarca todos os aspectos das relações do praticante com seu ambiente e com os outros seres vivos.

     Esse código se consubstancia nas cinco disciplinas morais (yama): não cometer violência, praticar a veracidade, não roubar, respeitar a castidade e não cobiçar. Assim, a não-violência (ahimsâ) consiste numa reverência por todas as formas de vida. Isso implica, por exemplo, a escolha de um estilo de vida que não prejudique o hábitat de outras espécies animais. Além disso, quando levamos a sério essa regra, temos de adotar uma dieta vegetariana. Caso isso não seja possível, temos ao menos de garantir que nosso consumo de produtos derivados de animais (carne, ovos e laticínios) não colabore de modo algum com a cruel prática da criação animal industrializada.

      A regra yogue do não-roubar (asteya) implica, por exemplo, que não peguemos para nós mais do que o necessário para atender as necessidades do nosso complexo psicossomático. São poucos, porém, os que se dispõem a adotar o modo de vida espartano com o qual os verdadeiros yogins estão acostumados. Por outro lado, existem muitas coisas que podemos fazer para nos adaptar a essa obrigação moral. Assim, podemos evitar o que se chama de "consumismo" e que inclui o abominável desperdício de alimentos. Podemos aprender a usar aquilo que temos de sobra (e cujo destino é na maioria das vezes a lata de lixo) para melhorar as condições de vida de nossos semelhantes menos afortunados.

    Do mesmo modo, a regra moral do não-cobiçar (aparigraha) é compreendida como uma exigência abrangente de que o homem se relacione com a vida de maneira equilibrada, sem querer tudo para si, respeitando o direito dos outros de partilhar dos recursos do nosso planeta. O viver consciente é um equilíbrio entre o dar e o receber. Assim, por exemplo, quando cortamos uma árvore num terreno nosso, ternos o dever de plantar pelo menos mais uma árvore. O pensamento eco-yogue exige de nós que colaboremos para repor os recursos utilizados.

     A exigência yogue de pureza (shauca), que é uma das regras de autodomínio (niyama), também pode ser compreendida num sentido ecológico mais amplo. Temos de fazer todo o possível para eliminar a poluição em nossa própria vida e para apoiar os esforços em prol da limpeza do ambiente em geral.

     O "Eco-Yoga" é um conceito que hoje designa a necessária convergência entre a espiritualidade yogue tradicional e o ativismo social que gira em torno das preocupações ecológicas. No começo do terceiro milênio d.C., estamos diante de uma crise ambiental cada vez mais grave que afeta profundamente a vida de todos. Já não podemos nos dar ao luxo de adotar o quietismo como postura de vida. Temos também de assumir a responsabilidade pelo ambiente em que vivemos, e isso significa reavivar em nós a idéia de que este planeta é sagrado e participar ativamente do seu processo de recuperação ecológica.

      Do ponto de vista metafísico, o desafio com que deparamos é o de aprender a respeitar tanto a transcendência quanto a imanência. Para dar um exemplo concreto, não podemos ter a menor esperança de conhecer a nós mesmos e muito menos a Divindade, enquanto deixarmos que as pilhas de detritos e os poluentes tóxicos que infestam o ar bloqueiem nossa visão. Temos, antes, de aprender a cooperar com a Natureza, a qual é a própria base do esforço espiritual que temos a pretensão de fazer. Temos de estar dispostos a mostrar fidelidade não só ao caminho espiritual que escolhemos, mas também ao mundo em que vivemos.

     Segundo a tradição do Tantra-Yoga, o corpo é um instrumento precioso para a realização da Divindade ou da Realidade. Temos de reconhecer, da mesma maneira, o imenso valor do nosso planeta. A Terra é o nosso corpo e é o único que temos. Destruindo-o, é como se nos suicidássemos.

Vou apresentar agora algumas diretrizes para o cultivo do processo eco-yogue.

     Ter a determinação de compreender a época em que vivemos e as forças internas que a moldam. Uma vez que vivemos numa complexa civilização pluralista, estamos inevitavelmente expostos a todos os tipos de correntes socioculturais, as quais precisamos compreender para cultivar nossa própria autenticidade. Leitura recomendada (em ordem alfabética): Morris Berman, The Re-enchantment of the World (1981); Marilyn Ferguson, The Aquarian Conspiracy (1980); Jean Gebser, The Ever-Present Origin (1985); Carl Gustav Jung, Modern Man in Search of a Soul (1963); Gordon Rattray Taylor, Rethink (1972); Theodore Roszak, Person/Planet (1978); Alvin Toffler, Future Shock (1970) e The Third Wave (1980); Ken Wilber, Up From Eden (1981) e Sex, Consciousness, Spirituality (1995).

     Tomar plena consciência do problema e informar-se ao máximo sobre ele. Leitura recomendada: Thomas Berry, The Dream of the Earth (1988); Lester Brown, relatórios State of the World; Paul e Anne Ehrlich, The Population Bomb (1968) e The Population Explosion (1990); Duane Elgin, Voluntary Simplicity (1981); Francesca Lyman et al., orgs., The Greenhouse Trap (1990); Mihajlo Mesarovic e Eduard Pestel, Mankind at the Turning Point (1974); John G. Mitchell e Constance L. Stalling, orgs., Ecotactics (1970); Jonathan Porritt, Seeing Green (1984); Barbara Ward, The Home of Man (1976). Todas essas publicações, ao lado de muitos outros bons livros, contêm um tesouro de informações de aplicabilidade imediata. Existem, porém, alguns livros que podem ser particularmente recomendados como manuais práticos: The Global Ecology Handbook: What You Can Do about the Environmental Crisis (1990), organizado pot Walter H. Corson; 50 Simple Things You Can Do to Save the Earth (1989), 50 Simple Things Kids Can Do to Save the Earth(1990) e The Recycler's Handbook (1990), do Earth Works Group de Berkeley, Califórnia; The Simple Act of Planting a Tree (1990), do Treepeople com Andy e Katie Lipkis, publicado por J. P Tarcher. Não temos de nos tornar especialistas, mas temos de saber o que está acontecendo ao nosso redor, conhecer as coisas que podem nos afetar e afetar a vida de nossos filhos e netos.

      Levar uma vida mais simples, mais sensível a ecologia.

     Temos de avaliar nossos hábitos de consumo e ver o que podemos fazer para diminuir o consumo de energia e a poluição no nosso ambiente imediato. Podemos, por exemplo, nos perguntar: preciso deixar tantas luzes acesas? Realmente preciso ligar o ar-condicionado ou o aquecedor, ou posso isolar melhor a minha casa e assim diminuir o desperdício de energia? Preciso usar o automóvel com tanta freqüência ou posso planejar com mais cuidado minhas saídas, ou mesmo combinar um rodízio de carros com os amigos? Preciso dar a descarga toda vez que uso o banheiro e tomar um banho de quinze minutos todos os dias? Não poderia reciclar latas e garrafas? Será que realmente não tenho dinheiro para comprar alimentos orgânicos e mais saudáveis? A preguiça realmente me impede de usar os resíduos vegetais para fazer adubo composto no jardim? E por aí afora. As grandes mudanças começam quando fazemos as coisas "pequenas" - agora.

      Unir forças com um grupo ecológico local e passar a ter alguma atividade política. O Yoga não é mera interioridade. Tampouco é incompatível com a atividade política. Com excessiva freqüência, os praticantes de Yoga preocupam-se apenas com a própria salvação e ignoram o contexto maior em que vivem. Em última análise, essa atitude é egoísta e contrária ao espírito do Yoga, além de ser contraproducente. Isso porque o ambiente se impõe a nós. Como, por exemplo, cultivar o controle da respiração numa cidade onde o ar é poluído? Como conservar sadios o corpo e a mente quando o solo onde cresce o nosso alimento é envenenado por substâncias químicas nocivas? Como alcançar a imobilidade interior necessária à meditação e à oração quando nossos tímpanos são constantemente bombardeados pelo ruído dos carros e dos aviões? No mínimo, temos o dever de dar apoio a grupos de ativistas como o Greenpeace, o Amigos da Terra, o Sierra Club, a National Wildlife Federation ou o Elmwood Institute.

     Cultivar o autoconhecimento, lançando luz sobre os motivos que nos levaram a tomar o caminho espiritual; e ter disposição para reconhecer e trabalhar as tendências neuróticas que se disfarçam de ideais espirituais. Não podemos confiar irrefletidamente na idéia que temos de nós mesmos; temos de consultar pessoas sábias e benignas que possam servir de espelhos fiéis do nosso caráter. A falta de autoconhecimento freqüentemente nos leva a agir erroneamente.

     Estudar as tradições espirituais do mundo inteiro a fim de aprofundar a compreensão do caminho que adotamos.

     Isso nos ajuda a apreciar a complementaridade das tradições religiosas e espirituais deste nosso mundo. Faz diminuir também a tendência à parcialidade, ao sectarismo, ao elitismo espiritual e a outras formas de exclusivismo. Pode, enfim, nos ajudar a cultivar as virtudes admiráveis - e, na verdade, essenciais - da compaixão e da tolerância, que facilitam a cooperação e o viver ecológico.
Ficar em contato com o ambiente natural. A vida na cidade seduz as pessoas e as leva a ter uma relação abstrata com a Terra. E importante encostar no solo, cuidar de flores ou de árvores, provar a água pura das vertentes de montanha, ver de perto a exuberância da vida selvagem e assim por diante. Sem esse "aterramento", a interioridade muitas vezes não passa de uma fuga neurótica. Para sermos completos, precisamos não só da bênção do Céu no interior, mas do toque da Terra no exterior, que nos transforma.

      Recordarmo-nos todos os dias de que a vida é um dom precioso que não pode ser desperdiçado, dissipado ou mal utilizado. Se o nosso coração está aberto, a gratidão e o louvor fluem naturalmente dos nossos lábios. De maneira geral, a educação ocidental não nos predispõe a expressar nossa gratidão (nem as demais emoções) e nos ensina antes a criticar do que a louvar. E claro que não há necessidade de omitir as críticas que precisam ser feitas, mas essas críticas, muitas vezes, são melhor recebidas quando são temperadas com a compaixão e o louvor (o qual pode ser visto como uma forma ativa da compaixão).

     A vida no mundo pós-moderno nos feriu a todos de uma maneira ou de outra, e a necessidade de cura é intensa. O louvor e as expressões de gratidão são meios excelentes para aliviar o sofrimento (duhkha) e promover a esperança. Quando vemos a vida como uma oportunidade espiritual pela qual somos gratos, o mundo deixa de ser nosso inimigo. Não deixamos de colher a nossa parte do karma coletivo nem de sofrer com a exploração da Terra, mas começamos por outro lado a sentir uma afinidade mais profunda com todas as pessoas, seres e coisas - afinidade essa que é em si mesma uma cura. Tornamo-nos verdadeiros cidadãos do ecossistema cósmico; nosso voto, que decidirá o futuro desse ecossistema, é dado a cada momento pela maneira como vivemos.

 
Autor: Georg Feuerstein
Fonte: Livro – Tradição do Yoga
Editora: Cultrix

domingo, 21 de novembro de 2010

Permacultura é considerada pelos especialistas como o futuro para a Humanidade.

 "É possível a criação de paraísos na terra, sob quaisquer condições. Não existem catástrofes naturais, apenas catástrofes humanas. A seca, as inundações e os fogos são causados por gerações de pessoas que foram perdendo o seu contacto com a natureza. No sentido de corrigir os erros do passado grandes passos têm de ser dados e temos de aprender a comunicar novamente com a natureza. (…)

A permacultura holzeriana pressupõe um arranjo paisagístico em sentido amplo: corrigir os erros do passado, possibilitar as simbioses criadas pelas acções recíprocas, deixar a natureza trabalhar, recuperar os ciclos naturais. (…) “

Sepp Holzer

Ásana: pensando com o corpo

     A filosofia hindu afirma que na matéria existe consciência e que na consciência existe matéria. O Yoga quer pensar com o corpo: através da experimentação, os yogis da antiguidade descobriram que fazer exercícios físicos de forma ritual traz enormes conseqüências metafísicas.

     O yogi busca a inteligência que está escondida no corpo, a consciência que está escondida no corpo: esse é o ponto de partida para poder achar a verdadeira identidade. Esses exercícios se chamam ásanas em sânscrito: são um conjunto de técnicas altamente instigantes e desafiadores, que podem exigir tudo no plano físico, mas que não são um fim em si mesmos.

     Pode-se dedicar uma vida inteira aos ásanas, e nem por isso estará se fazendo Yoga. O que faz a diferença é a atitude que está por trás dos exercícios. E, com a atitude correta, vem uma série de coisas junto: alinhamento, inteligência corporal, respiração consciente, despertar das experiências do corpo sutil, transformação do organismo, num processo que poderíamos chamar de alquimia corporal.

     A construção de um corpo novo está vinculada com a iniciação, o novo nascimento do praticante. Constrói-se o corpo novo para perder a identificação com o ‘antigo’, vinculado a couraças de tensão muscular, samskáras ou latências mentais.

     O Yoga quer dar um corpo novo ao praticante, que ele mesmo irá construir, célula por célula, fibra por fibra. Usando esse novo corpo como instrumento, ele poderá avançar a passos largos em direção à meta do Yoga. O único que se precisa ter é muita disposição e força de vontade.

     Entretanto, é preciso ter muita consciência e saber exatamente o que você faz ao praticar ásana, e para que você pratica. Se não for assim, corre-se o risco de que o ego cresça em proporção direta ao aumento da força ou da flexibilidade.

     O poder que dá o Yoga é para aniquilar o ego, mas pode ser usado erroneamente, como combustível para alimentá-lo. Flexibilidade da coluna não é sinal de progresso no Yoga. Se fosse assim, os contorcionistas de circo seriam pessoas altamente espiritualizadas. E você sabe que nem sempre flexibilidade e espiritualidade vão juntas.

     A sensação que se percebe ao fazer estes exercícios é como a que se tem depois de haver ficado durante muito tempo no escuro, e sair repentinamente à luz do dia. A atenção se localiza apenas no momento presente: uma nova realidade se nos revela e novas sensações são descobertas. A conexão com a fonte da existência fica firmemente restabelecida. Quer experimentar?

Autor: Pedro Kupfer
Fonte: http://www.yoga.pro.br/

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Ho’oponopono - ZEN Maio 2010

Buscamos incessantemente a felicidade, apaixonámo-nos, desiludimo-nos, odiámos, irritámo-nos, uma vez e outra e outra. Vivemos numa montanha russa de emoções, que tantas vezes nos roubam a paz interior.

Porquê? Aprendemos técnicas, fazemos visualizações, colocámos a lei da atracção em ‘prática’ mas parece que nada funciona. Porquê? Há várias razões:
•A auto-sabotagem. Interiormente não acreditamos nos nossos sonhos, no que somos capazes, no nosso potencial divino.
•O ego que quer ter razão a custo da própria felicidade.
•Colocarmos a nossa felicidade em bens materiais, etc.

Poderia mencionar muitas mais razões, mas o objectivo é simplificar e não ficar perdida nos enredos mentais. A razão principal da nossa infelicidade são as memórias que bloqueiam os nossos relacionamentos e impedem que os milagres aconteçam na nossa vida. Quando deixamos de lado a tagarelice mental, restabelecemos o elo com o Divino. Como é que o podemos fazer? Através do Ho’oponopono, que significa ‘tornar certo’ ou ‘corrigir um erro’ na língua original dos havaianos.
O Ho’oponopono Identidade Própria é um processo de comunicação com a Divindade desenvolvido pela Dr.ª Kahuna Simeona, que o ensinou ao Dr. Ihaleakala Hew Len.

Limpar e purificar a origem dos problemas

Ao fazer H’oponopono pedimos à Divindade para limpar, purificar a origem dos problemas que, são as memórias, e assim neutralizar a energia associada a determinada pessoa, lugar ou coisa. Desta forma, dentro de nós, o espaço limpo é preenchido pela luz e inspiração da Divindade. No Ho’oponopono não é importante saber o porquê do problema, quem é o culpado ou reviver o sofrimento. No momento em que sentimos desconforto em relação a alguma pessoa, lugar, acontecimento, podemos iniciar o processo de limpeza dizendo: «Divindade limpa em mim as memórias que me fazem vivenciar este problema. Sinto muito. Perdoa-me. Eu amo-te. Eu sou grata.» Nestas últimas podemos apenas destacar a que nos toca mais no momento. Sinto muito: às vezes fazemos ou dizemos o que não queremos e o nosso subconsciente e ADN absorvem esta informação que bloqueia a energia divina. Ao dizer sinto muito, reconhecemos que algo penetrou no nosso sistema corpormente e queremos o perdão interior pelo que aquilo nos trouxe.

Perdoa-me: nós julgamo-nos a nós mesmos. Que a Divindade me ajude a perdoar-me e libertar o amor incondicional dentro de mim. Deus não nos julga, mas nós carregamos mágoas e ressentimentos que precisam ser perdoados dentro de nós. Eu amo-te: transmuta a energia bloqueada (que é a causa do problema), e liberta o amor incondicional por mim, pela energia divina em mim e pela essência divina contida o que me antecede e está além de mim. Sou grata: por me permitir perdoar a mim própria. Grata é energia divina em mim e por a solução já estar cá. Expressão de gratidão e fé de que tudo será resolvido para o bem maior de todos os envolvidos. Para fazer este processo, basta uma pessoa: eu. O que vejo de errado nos outros também está em mim, porque nós somos todos Um, portanto quando um se cura, curam-se todos. Quando eu melhoro, o mundo melhora. A questão fundamental é: estou pronta para assumir responsabilidade? Quero assumir responsabilidade ou quero continuar a ser vítima das ‘situações exteriores?’ Bem, se quero ser feliz, nunca o serei como vítima, mas quando tomo responsabilidade todas as perspectivas mudam. Podemos pensar nestas frases ao longo de todo o dia em todas as circunstâncias que se nos apresentam e ter uma atitude mais vibrante de compreensão para tudo o que se manifesta. Embora, não seja agradável, é quando as memórias se manifestam que temos oportunidade de as limpar, caso contrário mantêm-se a minar a nossa vida e impedir a nossa paz interior e felicidade. Por isso podemos dizer «Eu amo-vos memórias! Sou grata pela oportunidade de vos libertar» e ver o que acontece no nosso interior. De certeza que a Divindade sorri em nós nesse momento.

Limpe as suas memórias

Em situações mais difíceis, também podemos fazer a Oração ensinada pela Dr.ª Simeona: «Divino Criador, pai, mãe, filho em um… Se eu, a minha família, os meus familiares, os meus antepassados, ofendemos a sua família, parentes e antepassados em pensamentos, palavras e acções do início da nossa criação até ao presente, pedimos o seu perdão…. deixe isto limpar, purificar, libertar, cortar todas as memórias, bloqueios, energias e vibrações negativas e transmute estas energias indesejáveis em pura luz… assim está feito.» Todos nós compartilhámos as mesmas memórias e ao serem neutralizadas em nós também o são nas outras pessoas. Portanto, a necessidade de convencer, justificar, converter e curar o próximo são jogos mentais da Mente Consciente que quer controlar resultados. Ser 100% responsável é uma jornada difícil, porque estamos sempre à procura de um culpado e não percebemos que a origem do problema está sempre dentro de nós. O Ho’oponopono é simples, confia, entrega ao cuidado da Divindade. E assim encontramos a tão desejada paz no nosso interior e o Divino é perfeito no seu trabalho. Depois das memórias limpas, podemos encontrar quem a Divindade criou — um ser puro de coração. Eu sou muito grata!

Fonte: revista ZEN Maio 2010

A dinâmica da alimentação infantil na Nova Era - ZEN Junho 2010

As crianças são sempre a esperança de um futuro melhor, mais positivo e mais brilhante para cada geração ao longo da história. Mas hoje vivemos num época sem precedentes que vê nascer a cada dia crianças com uma vibração muito elevada e uma luz espiritual belíssima. São as crianças índigo e cristal, cuja missão é trazer Luz e Amor incondicional às nossas vidas e um novo olhar sobre a vida.

A sua sensibilidade é muito apurada e expressa-se em todos os níveis. Neste texto vou apenas abordar alguns aspectos sobre o campo da alimentação.

Já foram conduzidas várias experiências com crianças que estando doentes escolhiam os alimentos mais benéficos para o seu estado de saúde, deixando de lado os que não são saudáveis. Isto mostra-nos que a sabedoria interior da criança é facilmente guiada no caminho correcto se isso lhe for proporcionado.Infelizmente, muitas vezes insiste-se com as crianças para comerem alimentos que elas naturalmente rejeitam, mas é ‘preciso’ seguir os padrões instituídos. Isto acontece sobretudo com a carne e os lacticínios.

A saúde das crianças

As crianças índigo e cristal são muito sensíveis ao sofrimento dos animais e têm tendência a rejeitar a carne, mesmo pela vibração elevada que possuem não querem alimentos de vibração densa. Em geral, preferem peixe e pontualmente frango ou peru, assim como também não são adeptos de lacticínios em excesso. Muitas vezes isto é um factor de preocupação para os pais, mas se elas tiverem uma alimentação equilibrada terão todos os nutrientes para crescerem saudáveis. Precisamos de repensar seriamente os padrões alimentares perante factos que surgem diante dos nossos olhos diariamente. Quando somos informados que cerca de 50 crianças (e até bebés) são vítimas de AVC por ano, precisamos de nos questionar. Perante a epidemia de diabetes, cancro, obesidade, doenças nas crianças, precisamos de nos questionar! A saúde das crianças, excluindo factores genéticos e ambientais, vai depender do que elas comem. Não podemos esperar que seja tarde demais para questionar. Em matéria de saúde, cada um de nós é o principal interessado na mesma, não é a indústria alimentar, nem a indústria farmacêutica!

Sugestões práticas para crianças e famílias

É importante que os pais sejam o exemplo para os filhos, pois dizer «olha para o que eu digo e não para o que eu faço», não resulta com a apurada inteligência, sabedoria e intuição destas crianças que quando nos olham, lêem a nossa alma. Deixo algumas sugestões práticas para as crianças e para toda a família:

1.Diminuir o consumo de carnes vermelhas ou evitá-las totalmente.
2.Lacticínios em excesso impedem que as crianças comam mais fruta e legumes.
3.O leite de amêndoas (feito em casa) é uma excelente fonte de cálcio (superior ao leite de vaca) e proteínas, ao qual pode ser adicionado fruta constituindo assim um pequeno-almoço ou lanche muito nutritivo.
4.Não são necessárias bebidas como cola, refrigerantes ou chás com açúcar que apenas viciam o paladar e contribuem para a obesidade. Um sumo de cenoura simples, ou com um pouco de maçã, ou com uma folha de couve-galega é a bebida ideal para uma criança ao almoço ou jantar, especialmente se tiver alguma resistência aos legumes. A couve-galega por cada 100gr, contém 676mg de cálcio, enquanto o leite de vaca contém 123mg. Estes dados encontram-se na Tabela de Alimentos do Instituto Ricardo Jorge.
5.Mousses de chocolate podem ser substituídas por abacate ou banana triturada à qual se pode adicionar um pouco de cacau magro, ou um pouco de farinha de alfarroba, podendo ser consumida fresquinha numa tarde de Verão não viciando o paladar. Quando as crianças provam este tipo de sabor preferem-no aos doces artificiais e é muito mais saudável.
6.Por fim, a questão dos legumes que levanta quase sempre uma pequena batalha alimentar entre pais e filhos. De novo, em primeiro lugar, os pais precisam de ser exemplo, pois a aceitação de novos sabores para a criança é facilitada quando sente que os familiares gostam desses mesmos alimentos. Por vezes, facilita uma pequena recompensa para estimular o consumo de legumes, mas deve ser algo que não seja um alimento: uma ida ao parque, ao cinema, um brinquedo. Seja recompensa for um doce vai acentuar o desagrado pelos legumes. Outro aspecto é tentar repetidamente dar o mesmo legume, pois em geral a atitude mais comum é a rejeição imediata a algo novo e a imposição ou castigo não surte nenhum efeito positivo, pelo contrário. Contudo, colocar no prato esse legume com frequência vai ajudar a que a criança se adapte a vêlo e naturalmente irá comer. Também é importante criar histórias divertidas à volta dos legumes, por exemplo, a história do Popeye e dos espinafres, encontrar exemplo de crianças que são desportistas, actores e que comem legumes ajuda a incentivar o desejo de comer verduras para seguir o exemplo do seu ‘ídolo’. Variar a forma de cozinhar legumes também é fundamental: cozidos no vapor (ficam saborosos e não perdem os sais minerais, não sendo assim necessário utilizar sal), grelhados, salteados, assados, em sumos, em purés (por exemplo, puré de cenoura, abóbora, brócolos).

Fonte: revista ZEN Junho 2010

Ame-se - ZEN Julho 2010

«Bem-me-quer, Mal-me-quer! Bem-me-quer, Mal-me-quer». Esta ladainha era pronunciada vezes sem conta e o malmequer ia sendo desfolhado até dar a resposta tão desejada: BEM-ME-QUER. Este era um inocente jogo feito na minha infância com as amiguinhas na escola para ver se algum rapaz gostava de nós. Na nossa inocência e ingenuidade íamos desfolhando as belas flores, sem perceber ilusões que íamos criando.

Pela vida fora, vamos desfolhando belas partes do nosso ser, na esperança de sermos amados, não compreendendo que todo o amor existe em nós ou deveria existir. O mundo exterior é o nosso reflexo.

Procuramos compensar a nossa falta de auto-estima, melhor dizendo, auto-amor, o amor por nós, por estes seres belos e divinos que somos, com relacionamentos nos quais damos tudo, ansiando por carinho, cumplicidade, respeito, amor. E tantas vezes, o retorno está muito longe do desejado e depois ficamos tristes, deprimidos e os relacionamentos vão-se deteriorando.

Respeite-se e ame-se

Um relacionamento feliz, seja conjugal, paternal, filial, com amigos, requer, como premissa principal, o respeito e amor por mim. Se me amar e respeitar, vou respeitar os outros também e não querer que eles ajam em função das minhas necessidades ou das minhas carências afectivas. Há dois mil anos, Jesus disse que o Mandamento principal era «Amar o próximo como a nós mesmos e a Deus acima de todas as coisas». Ou seja, se não me amar, nem mesmo a Deus, serei capaz de amar, o que faz todo o sentido. Se eu sinto que Deus me criou, ou que sou um ser divino como posso não me amar, como posso eu estar perante a Fonte da Vida, sem amor por mim?

Todo o processo de mudança tem que ser sentido

Para que esta mudança se processe, há uma pergunta fundamental: «Quem Sou Eu?». Esta é a chave que muda a nossa vida e a frequência do nosso padrão cerebral, mas a resposta só eu a posso encontrar. Do mesmo modo como quando se diz a alguém que é muito bonita, se a sua auto-estima for baixa essa pessoa não vai acreditar. Se eu disse a alguém que é um ser divino, se esta pessoa não o sentir, não irá acreditar e nada se altera. Por isso, todo o processo de mudança é individual e tem que ser sentido no coração. Podemos falar de muitas técnicas mentais para elevar a auto-estima, melhorar a imagem, emagrecer, cirurgias estéticas mas, em última análise, nenhuma vai funcionar se não acontecer o clik interior do coração que acorda para a vida e para a sua divindade e aí surge a Primavera e nenhum malmequer tem que ser desfolhado, pois sabemos que todos nos querem bem, e que todo o Universo conspira a nosso favor, a cada segundo que passa, para o nosso Bem Superior. No silêncio de cada amanhecer, escutem a voz que vos saúda para um novo e belo dia, pois é a vossa Divindade Interior que vos sussurra palavras de amor ansiando que possam acordar verdadeiramente para essa essência divina e maravilhosa que cada ser humano é, à face de todo este planeta. Escutem o silêncio, sigam a vossa intuição sem medo, o caminho está diante de vós e a Divindade abraça-vos.
Namastê.

Fonte: revista ZEN Julho 2010

A Linguagem do Coração - revista ZEN Setembro 2010

Desde que não haja alguma deficiência ou problema de saúde todos falamos. Falar é fácil, até dos mais diversos assuntos, independentemente do grau académico, idade e cultura. Todos opinamos e, às vezes, até demais. Mas, será que realmente comunicamos uns com os outros? E a que nível o fazemos?

Há um ditado indiano que diz que quanto mais as pessoas gritam, mais longe estão do coração, e que os apaixonados não falam, apenas sussurram. Muitas vezes gritamos uns com os outros não porque sejamos surdos, mas porque o nosso coração está atolado de revolta, raiva, ódio, ressentimento e expressa-se, deste modo, estridente, ilusoriamente, para tentar apaziguar este fogo interior, mas que na realidade está apenas a ser ainda mais inflamado!

Bloqueios de comunicação

Quando estamos tristes, o nosso tom de voz está enfraquecido, arrasta-se, está sem energia. Por outro lado, quando estamos ansiosos falamos rapidamente, sem pausas. E um susto pode tirar a fala!

Mas, quando amamos, falamos com tranquilidade e com carinho com a pessoa que está diante de nós e, de facto, quanto mais profundo for esse amor mais suave é o nosso tom de voz, por vezes até nem há palavras, apenas silêncio. Duas pessoas que se amam sabem estar ao lado uma da outra, comunicar no silêncio com um olhar de ternura, com um sorriso meigo, uma mão que se toca, um abraço apertado, sentindo até os pensamentos de ambas. O que está ‘impresso’ no nosso coração exprimir-se-á nas nossas palavras e atitudes. É impossível sentir amor e manifestar raiva ou o contrário, e mesmo que alguém o consiga fazer por um tempo, o verdadeiro sentimento irá surgir e se não for exteriormente irá reflectir-se no corpo da própria pessoa, por vezes, de um modo grave, quando não estamos atentos aos sinais de alerta que o corpo vai dando. Por exemplo, muitas mulheres desenvolvem nódulos na tiróide que são diagnosticados, em alguns casos, após divórcios ou momentos difíceis na vida. A nível emocional esta situação está ligada a bloqueios de comunicação, seja pela repressão dos sentimentos seja pela expressão excessiva de autoridade perante os outros. A fala é um grande Dom Divino e cabe-nos a responsabilidade de a utilizar de um modo saudável e positivo, ou não!

Desenvolvimento amor interior

Só com o desenvolvimento do amor interior por nós e pelos outros é que a nossa comunicação pode ser a expressão da linguagem do coração, mas tudo começa sempre no EU. Aprendi com Jasmuheen, que, desde 1993, se alimenta unicamente da Força Universal do Prana, uma meditação muito linda a que ela chama Olhos de Amor e deixo ao vosso critério fazerem a experiência.

Exercício:

Fechem os olhos, respirem profunda e suavemente algumas vezes. Imaginem um feixe de luz rosa, vindo do coração da Grande Mãe Divina, e inundar o vosso coração com essa luz. Sintam essa energia e amor a aumentar cada vez mais no vosso coração e depois imaginem que essa luz de amor sobe até aos vossos olhos e que aí se vai tornando mais intensa. Mantendo essa vibração, abram os olhos e olhem para as pessoas ao vosso redor, sentindo que estão a olhar para elas com os olhos do Amor de Deus.

Este exercício pode ser feito em qualquer momento ou local (excepto a conduzir, claro) e também, com a prática, pode ser feito com os olhos abertos. O importante é a concentração na vibração interior que depois se exterioriza nos olhos. Este olhar de amor é algo natural entre duas pessoas apaixonadas. Vamos fazer o exercício de nos apaixonarmos por nós e pelos outros e, sem dúvida, que muito se irá transformar à nossa volta. Deixo-vos também um desafio para colocarem em prática, pelo menos um dia por semana, e, naturalmente, irão desejar fazê-lo mais vezes, mas, pelo menos uma vez, e escrevam tudo o que forem sentindo ao longo desse dia, refiro-me a experiências boas e menos boas. Por um dia não julguem ou critiquem seja quem for. Expressem apenas palavras de apoio, amor, amizade e gratidão. Este exercício além de elevar a nossa vibração à nossa volta é um exercício de auto-conhecimento, pois vamos sendo confrontados com os nossos sentimentos interiores. Com estas sugestões podemos sentir a linguagem do coração, a linguagem da Nova Era e a Divindade que todos somos. Namasté.

Fonte: revista ZEN Setembro 2010

A Chave Mestra da Vida - revista ZEN Novembro 2010

Cada fechadura tem uma chave específica e ao longo da nossa vida vamos encontrando várias portas para abrir. Há quem queira abrir várias portas e desvendar todos os mistérios. Há quem se contente com a única porta que abriu ao nascer e fica por aí. Mas há uma porta especial que ao ser aberta permite que todas as outras se abram facilmente. Esta porta tem uma chave especial, uma chave mestra que só entra na fechadura se colocarmos uma questão: «Quem Sou Eu?» Sem esta questão nem sequer vislumbramos a porta.

A maioria da humanidade vive num padrão de frequência Beta, ligado à sobrevivência básica, a lei do mais forte. Este padrão varia desde a luta pela vida, nos países ou zonas onde a fome é dominante, até às sociedades mais desenvolvidas em que a luta é pela posição social, a carreira, o casamento, a família, o conceito de que valemos pelo que temos e não pelo que somos. O foco está no ‘eu’, ‘meu’, e o mundo que existe resume-se aos cinco sentidos físicos. Falar sobre espiritualidade para quem vive nesta frequência é algo que não faz parte da sua realidade pessoal e é ridicularizado quem o faz.

Temos a chave na mão

Quando vamos além da sobrevivência física e começamos a analisar que a vida deve ser mais do que trabalhar para pagar contas, ou estabelecer uma família, perguntamos: «O que faço por aqui?»; «Existe algo mais?» e, especialmente, «Quem Sou EU?», eis que surge a porta. Temos a chave na mão e começa a viagem para um mundo interior ilimitado. Esta pergunta leva-nos para um padrão de frequência Alfa e encontramos a nossa Divindade Interior. Todas estas questões conectam-nos com a parte de nós que é ilimitada, omnisciente, e que está aqui como um ser Divino vivendo uma experiência humana e que deseja despertar cada vez mais. Ao pensarmos assim, estamos a estimular o nosso cérebro nos padrões da onda Alfa para uma consciência mais meditativa que abra as portas para um conhecimento mais profundo.

Neste estágio, saímos da percepção egoísta do ‘eu’ e do ‘meu’, percebendo que afinal não somos o centro do Universo, mas que existem outros com as suas necessidades e podemos viver em harmonia ou não. Na zona Alfa, percebemos que afinal não somos vítimas, mas mestres do nosso destino e mudamos as nossas atitudes pela meditação, cuidando do corpo com alimentação saudável, fazendo exercícios que nos levam a conhecer o corpo mais profundamente como o yoga, tai chi ou chi kung, começando a ter desejo de passar tempo em silêncio na Natureza e contemplá-la com carinho, a sermos mais compassivos com os outros seres humanos.

«A vida é o espelho da nossa consciência»

Começamos a compreender também que a vida é o espelho da nossa consciência. Questionamos o nosso crescimento interior, a nossa felicidade, os nossos relacionamentos e, cada vez mais temos que ser mais honestos com a nossa alma. Aqui, surgem muitas vezes as crises de meia-idade e deparamonos com ‘coincidências’ e sincronicidades que não conseguimos explicar racionalmente e vamos sendo guiados por um poder superior na vida nesta jornada. Quanto mais tempo permanecemos ancorados no padrão de frequência Alfa, mais vivemos em harmonia com todos os que nos rodeiam e vamos aprendendo a escutar e confiar na nossa voz interior ou no 6º sentido da intuição, que é a voz do nosso ser verdadeiro – a Divindade Interior. Daqui podemos passar para o padrão de frequência Teta, em que nos sentimos ‘um’ com o todo, uma consciência unificada, como se fôssemos uma pequena célula no corpo deste organismo Divino que emana amor puro. Neste campo, podemos ver Deus em tudo e todos e reconhecer a perfeição da criação, dos ciclos naturais de vida, desaparecem os sentimentos de separação e percebemos que a nossa Divindade é eterna e que a morte é apenas uma ilusão. De seguida, vem o campo de frequência Delta, este é o reino de ‘Tudo O Que É’, da consciência perfeita, do alimento do Prana.

«Quem Sou EU?»

O mais importante a reter é a reflexão que precisamos fazer sobre nós mesmos, a chave dos mistérios da vida está na nossa mão. É uma chave mestra que nos dará acesso a tudo consoante o percurso que depois quisermos percorrer. «Quem Sou EU?» A consciência da Divindade que nós somos não vem de fora, está dentro de nós. Podemos procurar muitos livros, seminários, informação da anatomia física, dos corpos subtis, dos chakras, de todas as terapias, mas enquanto não fizermos esta pergunta todo o conhecimento se torna como livros empoeirados numa estante.

A chave mestra está na nossa mão. Somos seres divinos embora, por vezes, nos possamos debater com dificuldades na vida e duvidar, mas a partir do momento em que ouvimos a resposta no nosso coração à pergunta fundamental da vida, entramos num caminho do não retorno, que pode ser mais apertado ou não, conforme nos formos libertando da carga desnecessária. «Quem Sou EU?» Perguntem a vós mesmos, mas não virem as costas, esperem para ouvir a resposta. Namasté.

Fonte: revista ZEN Novembro 2010

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Setembro na Horta - II - Semear

Semear acelgas, agriões, alho-porro, alface de Inverno, cerefólio, coentros, couves de Bruxelas, couves-flor, couves galegas, couves greleiras, couves lombardas, couves nabo, couves rábanos, couves de repolho, e couves portuguesas, E ainda nabos, pastinaga, rabanetes, rábanos e salsa.

Assim, com as sementes quase todas colhidas e acondicionadas, é altura própria para ver o que existe em excesso e o que falta, ou falhou. Uma boa prática é a de trocar algumas das variedades mais
numerosas, com vizinhos e amigos, como forma de as difundir e também de as poder reaver, em caso de perca, por qualquer razão.

Setembro na Horta - I - Colhee e Semear culturas de Outono

Setembro

Setembro molhado
Figo estragado

Este é o mês das colheitas, por excelência. È tempo de grande azáfama, pois nota-se já a diminuição dos dias e o crescimento das noites. As manhãs são mais frescas que no mês anterior, porém os dias podem ainda ser quentes e secos, ideais para secar as sementes das culturas de Verão.

Os milhos de regadio estão, na sua maioria, prontos a colher, assim como os feijões para seco. Também o milho-alvo está pronto, e tem que ser colhido cedo pois é muito apreciado pela passarada. São estas as culturas que cobrem o chão das eiras, em Setembro.

Continuação da apanha de variedades de tomate (as mais serôdias), assim como beringelas, pepinos e pimentos. As alfaces plantadas mais tarde, estão agora também prontas para a recolha de sementes, colhendo-se estas à medida da secagem progressiva das flores. Também devem ser agora retiradas as sementes às melancias e aos melões tardios, sobretudo se forem bons exemplares, e não os que frutificaram nas extremidades das plantas. As sementes de melancia são particularmente interessantes ao escolher, e podem ser objecto de brincadeira com os mais pequenos, com jogos e prémios de mais uma talhada para aquele que colher o maior número de pevides. Há quem diga que as sementes de melancia não devem ser salivadas, para não perderem a sua faculdade germinativa.

As hortas voltam a receber as culturas de Outono, portanto, ao semear deve ter-se em conta os dias frios que se aproximam.

Fonte: GORGULHO - Boletim Informativo sobre Biodiversidade Agrícola
COLHER PARA SEMEAR – Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais
ano 4 . nº6 . Verão de 2007

Agosto na Horta - III - Colher

Colher alfaces, tomates, acelgas, pimentos, pepinos, beterrabas, cenouras, melões, melancias, nabiças, feijão verde, manjericão, cebolinho, coentros e salsa.


Fonte: GORGULHO - Boletim Informativo sobre Biodiversidade Agrícola
COLHER PARA SEMEAR – Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais
ano 4 . nº6 . Verão de 2007

Agosto na Horta - II - Recolher (sementes), Semear e Transplantar

Ainda para recolha de sementes, alguns frutos já completamente maduros, podem ser colhidos, como sejam, tomates, pepinos, courgetes, melões, melancias e abóboras. No caso dos dois primeiros, as sementes de ambos devem ser sujeitas a uma fermentação no seu próprio suco, antes da
secagem final. Este processo tem por finalidade eliminar virús instalados, assim como remover a película gelatinosa que envolve as sementes (caso do tomate) inibindo a sua germinação.

Na horta semeiam-se acelgas, agriões, alfaces de Inverno, cenouras, chicórias, coentros, mostarda, nabos e salsa. De notar a preferência dos nabos por caírem em solo seco (poeira), para depois ficarem à espera de uma trovoada ou chuva miúda, prováveis neste mês, que os farão germinar e cobrir
rapidamente o espaço da sementeira.

Transplantar as couves semeadas em Junho, e regá-las abundantemente até pegarem.

Fonte: GORGULHO - Boletim Informativo sobre Biodiversidade Agrícola
COLHER PARA SEMEAR – Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais
ano 4 . nº6 . Verão de 2007

Agosto na Horta - I - Colher, Malhar, Debulhar e Recolha das Sementes

Agosto

O Verão colhe
O Inverno come

Segundo os antigos o primeiro de Agosto seria o primeiro dia de Inverno, antevendo alguma instabilidade meteorológica. Apesar do ditado, Agosto é, normalmente, o mês mais difícil de suportar, para quem trabalha no campo. Os grandes calores põem as culturas em permanentes dificuldades
hídricas, obrigando a regas frequentes.

Neste mês há muitas actividades nas eiras. São imensas as espécies prontas a colher: os milhos de sequeiro estão prontos a desfolhar, os últimos cereais de Inverno, assim como os de ciclo curto, semeados de Janeiro a Março, estão dispostos a ser malhados. Os primeiros feijões podem já ser debulhados.

Para recolha de sementes, as flores das acelgas, alfaces, alhos-porros, beterrabas, cebolas, chicória, coentros e salsa devem estar agora prontas para uma secagem pós colheita.

Fonte: GORGULHO - Boletim Informativo sobre Biodiversidade Agrícola
COLHER PARA SEMEAR – Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais
ano 4 . nº6 . Verão de 2007

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Julho na Horta - IV - A Colheita

É também tempo de colher pepinos, feijão verde, courgetes, rabanetes, acelgas, beterrabas, alfaces, alhos, batatas, cebolas temporãs e cenouras, tomate, couves repolho e nabiças.


Nota: deve-se mondar os escesso de flores na courgete, sendo que estas flores são comestiveis e podem ser aproveitadas para serem fritas em farinha e ovo e fazem umas entradas deliciosas.

Fonte: GORGULHO - Boletim Informativo sobre Biodiversidade Agrícola
COLHER PARA SEMEAR – Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais
ano 4 . nº6 . Verão de 2007

Julho na Horta - III - As sementeiras

As sementeiras não param neste mês. São elas de feijões para verde, acelgas, agriões, alfaces de Outono, beterrabas, cenouras, cerefólios (à sombra), chicórias, coentros, couves (sem ser de repolho), espinafres, nabos (à sombra), pastinagas, rabanetes, rábanos e salsa.

Fonte: GORGULHO - Boletim Informativo sobre Biodiversidade Agrícola
COLHER PARA SEMEAR – Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais
ano 4 . nº6 . Verão de 2007

Julho na Horta - II - Regas, Sachas, Empalhar, Estacar e Transplantar

Na horta, as regas são a tarefa principal durante o mês de Julho, assim como algumas sachas ainda não efectuadas. Empalhar as culturas o mais possível para minimizar o uso de água e também para evitar a erosão nos terrenos mais em declive. No fundo, consolidar o trabalho até aqui realizado. Se ainda não houve tempo para pôr estacas nos tomateiros, há que fazê-lo quanto antes. Para além de servirem de suporte às plantas, nesta altura já com bastantes frutos, colocar tutores favorece o arejamento e minimiza a hipótese de formação de fungos que poderão comprometer a cultura.


Transplantar os últimos alhos-porros, semeados em Fevereiro, e começar com as couves semeadas em Maio.

Fonte: GORGULHO - Boletim Informativo sobre Biodiversidade Agrícola
COLHER PARA SEMEAR – Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais
ano 4 . nº6 . Verão de 2007

Julho na Horta - I - Ceifar, Malhar, Limpar, Armazenar e Secar

Mal vai
Se em Julho não debulho

Este é o primeiro mês do Verão, geralmente o mais estável e quente.

Em Julho efectuam-se a maioria das ceifas dos cereais de Inverno – trigos, aveias e cevadas –, tempo de limpar as eiras para os receber. Também é altura de limpar e armazenar as favas e ervilhas serôdias, que não foram colhidas no mês anterior, assim como as sementes de agrião, couve, nabo e alface cultivadas durante o Inverno. Estas estão agora prontas para ser malhadas, limpas e armazenadas.

Ter em conta, quando a colheita se destina à recolha de semente para propagação, que se deve escolher as melhores espigas, vagens ou flores, das plantas mais vigorosas de cada lote.

Aproveitar bem o calor deste mês para uma boa secagem, pois esta é essencial para que se mantenham em boas condições por largos períodos. No entanto, evitar a secagem directa ao sol das sementes; de preferência, escolher um local quente e seco.

Por outro lado, os cereais secam melhor se forem expostos directamente aos raios solares, até ao momento de soltarem um som característico dos grãos já secos, ao caírem uns sobre os outros.

Arrancar os alhos que restam do mês anterior, logo nos primeiros dias, pois, se houver alguma humidade no solo, correm o risco de grelar. Também o calor, próprio da época, é prejudicial para a sua conservação.


Fonte: GORGULHO - Boletim Informativo sobre Biodiversidade Agrícola
COLHER PARA SEMEAR – Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais
ano 4 . nº6 . Verão de 2007